
A primeira sugestão é fazer aquela faxina no carro - e também na casa, nos armários -, para se livrar de tudo o que não tem utilidade, aqueles papeis que a gente ganha no sinal, no posto, os comprovantes do pedágio... com essa “faxina” aumenta a circulação das energias positivas e abrindo espaço às novas coisas do ano.
Outros talismãs da tradição popular brasileira são a figa e a fita do Senhor do Bonfim. Estas últimas existem desde 1809, quando foram criadas com o nome de medidas, porque seu tamanho era baseado na medida do braço da estátua de Jesus Cristo da basílica Nosso Senhor do Bonfim, uma das igrejas mais famosas de Salvador.
Quem quer proteção contra pessoas mal intencionadas, seja na praia ou na cidade, tem também a opção de usar Estrela de Davi, ou Selo de Salomão, como amuleto. De acordo com a história, o símbolo dos triângulos entrelaçados que formam uma estrela de seis pontas era impresso nos escudos do exército do Rei Davi, cuja história é de sucesso.
Se, por outro lado, a intenção é proteger o carro de mau olhado, uma boa alternativa é o olho grego, também chamado de olho turco. O objeto é composto por uma pedra azul com um ponto preto ao centro. Segundo a lenda, quando algum mal olhado é voltado à pessoa, casa ou objeto protegido pela pedra, ela se quebra, evitando que as energias negativas atinjam o protegido. Se ela se partir, deve ser substituída imediatamente.
Outro amuleto de origem antiga é o olho de Hórus, que vem da mitologia egípcia. O deus Hórus teria perdido o olho esquerdo em uma batalha contra o mal, e em seu lugar foi colocado um amuleto de serpente. Além de ser ícone de força perante os inimigos, traz também a noção de proteção e saúde.

Outro amuleto que protege a partir do equilíbrio de energias é o baguá ou pakua, que pelo feng shui servem para harmonizar os ambientes - o que inclui os carros. O objeto tem oito figuras, que representam as energias relevantes do universo: a terra (Kun) e o céu (Qian) seriam "mãe" e "pai" dos demais elementos, montanha, água, lago, vento, trovão e fogo. É comum, nas versões automotivas, que ao centro do pakua esteja o símbolo yin-yang, que no taoísmo representa as duas forças complementares da vida.

Vale destacar que, além dos talismãs consagrados pela tradição popular ou pelo misticismo, o que faz de um objeto um amuleto é a fé que o protegido leva nele e a capacidade de atrair energias positivas. Nesse sentido, qualquer outro objeto apreciado pelo dono, desde um presente de alguém especial a um enfeite que parece ter valor diferenciado, podem virar "mandingas" de resguardo.
E você, que amuleto usa para proteger o seu possante?